A fraternidade é colorada
Inter e Barcelona fizeram um jogo encarniçado na final da Copa Toyota Japão 2006. O talento barcelonês não teve espaço para se exibir graças à raça dos gaúchos, que marcaram em cima e com vigor. Ronaldinho não conseguiu nada de mais concreto além de pequenos lampejos (num deles, forçou um penalti até que duvidoso).
O problema do Barça não são craques como Ronaldinho, Deco e cia. São os espanhóis que atrapalham o Barça. A Espanha pertence ao segundo escalão, ao menos na história do futebol. Vide Copas do Mundo - que a Espanha jamais ganhou - e Copa dos Campeões da Europa - que Real e Barça já ganharam (o Real ganhou 9 e o Barça 2), mas graças ao talento de estrangeiros como Di Stefano, Puskas, Koeman, Ronaldinho, Zidane e Roberto Carlos.
O gol do Inter foi genial e mostrou ao mundo o valor de uma equipe que compreende o futebol-equipe, o espírito de equipe que faltou ao escrete canarinho na Copa de 2006. A fraterinidade colorada atropelou a magia catalã. O coletivo dos pampas conquistou o individualismo do esquadrão espanhol. Os jogadores e comissão técnica do Barça mal disfarçavam a desolação na cerimônia de entrega de medalhas e troféus. Após receber as medalhas, os jogadores do Barça, ato contínuo, desvencilharam-se das medalhas incontinenti, como se nelas houvesse algo de contagioso, como se o vírus da derrota fosse capaz de se inocular pelo contato do metal com o corpo, como se a malha da equipe não estivesse à altura da prata que lhes cabia.
O duelo de Yokohama terminou com Porto Tri Alegre (exceto pelos gremistas) e Barcelona frustrada.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home