O Triste Fim de Zidane Quaresma
Foi melancólica a despedida de Zidane do futebol. Após um início fraco, Zizou cresceu durante a Copa e fez uma exibição de gala contra o Brasil. Na final contra a Itália, teve uma atuação discreta. Bateu o panalti (inexistente, diga-se, embora outro penalti, esse existente, não tenha sido marcado a favor da França) com uma mistura de ousadia e displicência e fez o gol, contando com a ajuda dos deuses da bola (os mesmos deuses da bola que cobraram a fatura logo depois, no penalti desperdiçado por Trezeguet que deu a Copa aos italianos). Perdeu a cabeça e transformou-se em um gnu, golpeando o peito do aturdido Materazzi, em uma completa inversão de valores que simboliza a Copa 2006: o violento (e matador) Materazzi foi vítima da violência do talentoso Zidane. A marcação venceu o drible. Zidane perdeu a elegância e foi expulso no segundo tempo da prorrogação, prenunciando o debacle francês. Triste fim de um craque que se agigantou e se superou em sua última Copa, que parecia predestinado a brilhar novamente. Uma estranha alquimia transformou a chama em fogo-fátuo.
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