Estação Libertar *****

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Thursday, July 06, 2006

A Alemanha caiu de pé, Portugal também, a Argentina idem. Já o Brasil...








Itália e França farão a final da Copa no próximo domingo em Berlim. Na mais emocionante partida da Copa, os italianos fizeram 2 gols nos últimos minutos da prorrogação, frustrando a equipe da casa. Os alemães agora também têm o seu maracanazo.
Após o jogo, o treinador Alemão Jürgen Klinsmann demonstrava serenidade e sentimento de dever cumprido, apesar da tristeza. Não apelou para desculpas ridículas, nem tentou distorcer a realidade óbvia. Klinsmann fez um bom trabalho: pegou um time desacreditado, conseguiu unir jogadores e torcida e no fim teve reconhecido seu esforço. A Alemanha caiu de pé, tanto que a torcida alemã aplaudiu técnico e jogadores ao final da partida, homenageando a garra e brio demonstrados ao longo da Copa. Imprensa e torcida alemãs querem a permanência de Klinsmann, mesmo depois da derrota.
Felipão teve um ótimo desempenho com uma equipe mediana. O estilo guerreiro de Scolari levou Portugal à semi-final e a França teve mais dificuldade com nossos patrícios lusos do que com o sonolento, desinteressado e desconcentrado escrete canarinho. Big Phil não teve a empáfia e a soberba de Barreira e Zidane recebeu implacável marcação. Perdeu para a França, mas credenciou-se como um dos melhores técnicos do mundo na atualidade, ao lado de Lippi, Klinsmann e Domenech. Todos eles, ao seu modo, souberam motivar suas equipes, dar-lhes padrão de jogo, construir um jogo coletivo, solidário, capaz de sobreviver em uma Copa de poucos gols, de muita marcação, de pouquíssimos espaços, de muitos choques, de toques rápidos, de raros talentos, de muitas faltas. de bons goleiros e bons zagueiros.
Na Argentina, aconteceu algo inusual: ao voltar para casa após a desclassificação nas quartas, a delegação foi recebida com carinho pela torcida e muitos defendem a permanência de Pekerman, certamente em razão da boa campanha argentina na Alemanha, marcada por momentos de ótimo futebol e muita disposição e vontade. Perder nos penaltis para a equipe da casa não é demérito.
Já a seleção brasileira, quanto contraste... Futebol bisonho. Solidariedade zero. Ofensividade nenhuma. Explicações mirabolantes, absoluta ausência de auto-crítica, completo alheamento da realidade. Não surpreende a diferença. Nem a reação da torcida, nem a da imprensa.
Tudo se esperava do bruxo Barreira. Menos perder jogando tão mal, tão feio. Deu xabu. O feitiço virou-se contra o feiticeiro. Eu não creio em bruxas. Menos ainda em barreiras.
Em 82, pelo menos perdemos jogando bonito. Em 94 ganhamos (graças a Romário) jogando feio (graças a Parreira). Perder jogando tão feio e tão mal como agora dá a impressão de que estamos involuindo, estamos andando para trás. É preciso mudar. Radicalmente. Rapidamente.

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