Bola Brasilis
A taça do mundo é nossa, cantavam nossos antepassados. Em qualquer época, o brasileiro é sempre otimista em matéria futebolística. Segundo a auto-imagem prevalecente entre nós - e também no imagético alienígena - somos o país do futebol, temos futebol-arte no nosso DNA, dominamos a ciência oculta da magia com a bola nos pés. E a Copa é o maior desafio, passagem para o sonho da conquista e da glória - ou para o pesadelo da tragédia e do infortúnio.
O futebol é talvez o maior e mais importante fator de comunhão social, o elo comum em uma nação heterogênea étnica e sócio-economicamente, quase uma religião. Entre outras coisas.
Todo esse blábláblá pra dizer o seguinte: essa é a Copa dos grandes, as seleções tradicionais estão passando para as fases finais. Tirante o Galvão e o Arnaldo, não há mais bobos no futebol. O Brasa vai pegar Gana. Jogo embaçado. Os caras são muito fortes e jogam um futebol eficiente e rápido, são bons tecnicamente e são capazes de improvisar, algo que está em falta nessa Copa de lances previsíveis como regra (o gol do argentino Max Rodriguez contra o México é uma honrosa exceção que confirma a regra). De todo modo, será o confronto do experiente futebol brasileiro com o neófito e incipiente (e muitas vezes irresponsável) futebol africano. Sou mais o escrete canarinho do que as estrelas negras. Mas o bicho vai pegar em Dortmund, amanhã. Alea jacta est (a jaca está lançada).
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