O maior de todos
Contrariando a expectativa negativa, as críticas ácidas da imprensa, as arrobas a mais e o futebol claudicante do escrete canarinho, Ronaldo 16 toneladas se tornou o maior artilheiro de todas as Copas. E com um golaço cheio de swing. Ronie foi, outrora, o melhor de todos. Hoje não mais. É apenas o maior artilheiro das Copas (embora Just Fontaine tenha feito 13 gols em uma só Copa, a de 58, o recorde absoluto até hoje). Ronald, portanto, é o maior de todos.
Não é pouca coisa. Mas não é o mais importante. Se o Brasil não conquistar o hexa, todo o grupo será "cristianizado" pela massa, que só quer saber do título de campeão.
A revanche contra a França será especial: o fantasma de Sant Dennis estará realmente enterrado? O "amarelão" de 98 repetir-se-á em 2006?
Ganhar Copa na Europa é o maior perrengue. E a França de Zizou, Henry, Vieira e outros é um time respeitável, apesar da campanha irregular.
Pegar a França nas quartas será o maior e mais difícil desafio que a seleça já enfrentou até agora nessa Copa. E se passarmos pelos azuis, pegaremos o vencedor de Portugal e Inglaterra (meu palpite: Portugal). Ou seja: agora a briga é entre cachorros grandes e fortes.
Que os deuses do ludopédio estejam conosco em Frankfurt, no próximo sábado. E que a geração do futebol marketing (Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu), nos propicie a merecida desforra em face dos agora confiantes franceses. Como diria Deodoro, o Marechal (não o antigo zagueiro do São Paulo, Teodoro) "vamos à luta, filhos da pátria"!